
O valor da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em março. Segundo o estudo, as maiores altas acumuladas no período ocorreram no sul do país, sobretudo em Curitiba (3,61%), enquanto as principais reduções foram observadas em cidades do Nordeste.
No mês, São Paulo foi a capital onde a cesta básica registrou o maior valor, R$ 880, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 835,50), por Florianópolis (R$ 831,92). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).
A alta no custo da cesta foi influenciada pela elevação no preço da maioria dos produtos, como o café em pó (que subiu em todas as capitais pesquisadas), o tomate (que aumentou em 13 das 17 cidades) e o leite integral (mais caro em 10 capitais). Por outro lado, o kg da carne, o óleo de soja e o arroz agulhinha apresentaram queda na maioria das cidades pesquisadas.
Cesta básica x salário mínimo
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 52,24% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos em dezembro. O número representa uma pequena queda em relação a março de 2024, quando o percentual ficou em 53,29%.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ter sido de R$ 7.398,94 ou 4,87 vezes o mínimo de R$ 1.518. No mesmo período de 2024, quando o piso mínimo era de R$ 1.412, o valor necessário ficou em R$ 6.832,20 ou 4,84 vezes o valor vigente na época.
Fonte: SBT News