GUERRA COMERCIAL

Tarifa de 145% dos Estados Unidos à China provoca queda nas bolsas e alta no dólar

Bolsas de Nova York e do Brasil fecharam em forte queda nesta quinta-feira

Fotos: Wikimedia Commons e Saul Loeb / AFP
Fotos: Wikimedia Commons e Saul Loeb / AFP

O mercado financeiro teve mais um dia de oscilações diante das incertezas em relação à guerra comercial provocada pelo presidente americano Donald Trump. Em Nova York, as bolsas perderam boa parte dos ganhos que atingiram no dia anterior. A S&P 500, fechou a quinta-feira (10) em queda de 3,5%, o Dow Jones recuou 2,5% e o índice tecnológico Nasdaq caiu 4,3%.

Aqui no Brasil, o dólar comercial voltou a subir e encerrou o dia valendo R$ 5,89. O Ibovespa - índice da Bolsa de Valores B3 - caiu 1,13%, pressionado principalmente pelas ações da Petrobrás, que vem perdendo valor desde que os Estados Unidos iniciaram o tarifaço contra parceiros comerciais. O preço do petróleo bruto nos EUA caiu mais de 3%.

O humor dos investidores piorou depois que a Casa Branca esclareceu que taxará as importações chinesas em 145%, e não a alíquota de 125% mencionada anteriormente por Trump. Logo depois, a China anunciou mais medidas contra os Estados Unidos, como a redução das produções cinematográficas que importa de empresas americanas.

"Há uma incerteza realmente grande no mercado. A ameaça de recessão [nos Estados Unidos] não desapareceu", avaliou Francis Lun, presidente da Geo Securities. "Tudo ainda está muito volátil, porque com Donald Trump, você não sabe o que esperar", disse.

O preço das ações da Warner Brothers Discovery, a empresa por trás de "Minecraft, o filme", caiu 13,8%, uma das maiores perdas de Wall Street, depois dos anúncios da China. As ações da Walt Disney também reagiram, caindo 6,6%.

Enquanto isso, a China entrou em contato com outros países ao redor do mundo, numa aparente esperança de formar uma frente unida contra Trump.

*com informações da Associated Press

Fonte: SBT News

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