Renato Portaluppi não aliviou para o grupo de jogadores após a nona derrota do Grêmio no Campeonato Brasileiro. Pelo contrário, o treinador cobrou "vergonha na cara" dos atletas para tirar o clube da zona de rebaixamento na competição nacional.
"O que falei é que alguns (jogadores) precisam ter vergonha na cara, eles têm que saber o tamanho do Grêmio. Falei isso no vestiário na frente do presidente. Eles têm tudo, não falta nada. Mas tem que ter a entrega dentro do campo. Não são todos. Alguns sentem, outros não. Esse choque já foi dado para eles. Eles precisam dar a cara à tapa, mostrar porque vestem a camisa do Grêmio", revelou ele, em entrevista coletiva, após derrota para o Cruzeiro por 2 a 0.
Renato usou de um exemplo pessoal para cobrar a mudança de postura dos seus comandados. O técnico revelou ter vergonha em circular pelos corredores do hotel que mora na capital gaúcha. "Eu falo com a minha família no telefone e mesmo pelo telefone fico com vergonha. Não é possível que o jogador não sinta o momento e não faça nada para mudar", disse.
Nos últimos 33 pontos disputados, o Tricolor conquistou apenas cinco pontos, culminando na amarga posição no Z-4 do Brasileirão. Mesmo assim, Renato segue acreditando em uma recuperação dentro do campeonato e cita a chegada de reforços como uma forma de fortalecer o elenco para encarar esse momento ruim na temporada: "Com a vitória, a confiança volta. Vão chegar jogadores, o grupo vai ficar forte. Muita gente fala que o Renato está discursando de novo. Não tenho dúvida alguma que vamos sair desta situação. Mas o momento é ruim".
Os primeiros reforços desta janela de transferências podem ser anunciados hoje. O meia colombiano Miguel Monsalve, de 20 anos, do Independiente Medellín-COL, e o atacante uruguaio Matías Arezo, de 21 anos, do Granada-ESP, estão encaminhados Ambos vão assinar em definitivo. Pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio volta a campo na quarta-feira, às 20h, contra o São Paulo, no Morumbi. Antes, no domingo, enfrenta o Operário-PR, às 11h, pela Copa do Brasil.
Fonte: Correio do Povo
