
A produção do pêssego no município de Descanso deverá ser bem abaixo do esperado. As oscilações de temperaturas têm prejudicado os pomares dos fruticultores, que iniciaram a colheita no mês passado com as variedades precoce.
No momento, a tendência é que o preço da fruta seja maior. O engenheiro agrônomo do escritório local da Epagri, Zolmir Frizzo, explica fatores como o pouco volume chegando no mercado para o consumo in natura e o não início da colheita pelos produtores do Rio Grande do Sul.
Conforme Frizzo, o grande volume de colheita no município se concentra neste mês, trazendo alguns benefícios. "A fruta tem mais qualidade e fica mais saborosa em função de dias mais quentes", fala.
O fruticultor de linha Pratinha, Agenor Zilli possui um pomar de 2 mil pés da fruta. A produção será de aproximadamente 15 toneladas, quantidade 50% menor da expectativa e bem diferente quando já chegou a colher 70 a 80 toneladas em 2016. "Hoje se tivesse de 3 a 4 mil quilos de pêssego por dia, vendia tudo", projeta.
Zilli tem investido pesado ao longo dos anos tanto que uma das variedades leva o seu sobrenome. Na propriedade, a família também instalou a própria câmara fria. Todo ano faz os devidos tratamentos nos pomares e custeia todas as demais despesas.
Mesmo diante das adversidades climáticas, resultando na baixa produtividade, desistir da atividade não é, por enquanto, opção do fruticultor. "Dá um desanimo, mas esperamos para o ano que vem", finaliza.
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Fonte: Rádio Progresso FM