A área plantada do milho para a safra 2024/25 em Descanso é de aproximadamente 2.500 hectares, uma diminuição de cerca de 15% com relação a anos anteriores. Conforme informações da Epagri, que compartilha junto a outros órgãos, 50% da área já foi colhida.
Custo de produção e também problemas sanitários, principalmente o ataque de insetos, no caso da cigarrinha, foram responsáveis pela queda do número de hectares cultivados, dando espaço para a cultura da soja. No entanto, segundo o engenheiro agrônomo da Epagri, escritório do município, Zolmir Frizzo, nesta safra terá produtividade superior dos últimos cinco anos em virtude da favorável condição climática.
"Os agricultores estão animados com os resultados obtidos através das boas variedades, onde a produção alcança, em muitas áreas, acima de 200 sacas por hectare. Isso garante receita líquida melhor", destaca Frizzo.
O morador de linha Campinas, Camilo Bernardi, tem 10 hectares arrendados. Ele espera ter retorno de 350 sacas do milho para esta safra. "Esse foi um ano bom, com chuva e tudo correu bem. O tempo ajudou, vem o resultado e a gente fica feliz", comenta.
Frizzo orienta que o agricultor monitore a lavoura para colher mais próximo da umidade indicada. Isso ajuda a evitar desconto, agregando maior valor no grão. Atualmente, a saca paga ao produtor gira em torno de R$ 65 a 70. "O milho é commodity e depende muito do mercado internacional. O agricultor não consegue definir preço do grão, que está relacionado à oferta e procura".
Outro dado que chama atenção, conforme o engenheiro agrônomo, é que boa parte da área cultivada de milho foi destinada à silagem. Acredita que muitos agricultores, novamente, vão plantar milho safrinha para a alimentação animal.
Armazenamento e secagem
De acordo com o coordenador do Armazém da Cooper A1 em Descanso, Alessandro Paulo Zanatta, são recebidas em torno de 15 a 20 mil sacas do grão por dia dos produtores de Descanso e região. Para atender a demanda, a cooperativa investiu em melhorias e ampliação.
Além da capacidade de estocagem, no local foi construído mais um tombador, totalizando duas linhas. "Estamos conseguindo atender bem ao nosso associado e cliente ao fazer uma descarga rápida e eficiente", analisa Zanatta. Se o tempo colaborar, acredita que, no máximo 15 dias, a colheita será finalizada.
O trabalho de secagem é feito nas 24 horas por dia, ou seja, profissionais atuam em forma de escala nos três turnos. O recebimento da produção ocorre das 7h às 21h.
Entre as pontuações e orientações, Zanatta pede a compreensão, uma vez que é permitida somente a permanência do motorista do caminhão no momento da descarga. Os demais podem aguardar na guarita. "A gente preza pela segurança do associado e cliente", finaliza.
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Fonte: Rádio Progresso FM
