A PolĂcia Civil do Rio Grande do Sul confirmou que o veneno utilizado para contaminar o bolo que resultou na morte de trĂȘs pessoas em Torres foi misturado na farinha utilizada no preparo. A informação foi divulgada após a anĂĄlise pericial, que encontrou altas quantidades de arsĂȘnio nas amostras de urina e estômago das vĂtimas fatais.
A perĂcia constatou que a menor quantidade de arsĂȘnio encontrada no organismo de uma das vĂtimas foi 80 vezes maior do que o limite para contaminação ocupacional. Na vĂtima com a maior concentração da substância, essa quantidade foi 350 vezes superior.
A polĂcia afirma que a presença de arsĂȘnio no bolo descarta a possibilidade de intoxicação alimentar. A anĂĄlise das amostras revelou que a maior quantidade de arsĂȘnio encontrada na farinha utilizada para fazer o bolo era 2.700 vezes superior ao limite aceitĂĄvel.
Das 89 amostras analisadas, uma amostra de farinha apresentou alta concentração de arsĂȘnio, levando a polĂcia a concluir que a farinha foi a fonte de contaminação do bolo. Sete pessoas participaram da confraternização, sendo que seis delas comeram o bolo.
A investigação aponta que Deise Moura dos Anjos, nora da responsĂĄvel pelo preparo do bolo, Ă© a principal suspeita do crime. De acordo com a polĂcia, Deise tinha desavenças com a famĂlia hĂĄ mais de duas dĂ©cadas. A polĂcia ainda investiga como o arsĂȘnio foi parar na farinha e quem era o alvo da suspeita.
O caso ocorreu trĂȘs meses após a morte do marido de Deise. A polĂcia exumou o corpo para verificar se hĂĄ conexão entre as mortes e a possibilidade de envenenamento.
A CNN buscou a defesa de Deise para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno atĂ© o momento.
CNN