PERIGO

Região Oeste tem o maior número de mortes por afogamento dos últimos dois anos

Em Santa Catarina foram registradas 11 mortes em água doce desde o começo do ano

Foto: CBMSC / Divulgação
Foto: CBMSC / Divulgação

O número de ocorrências de afogamento no Oeste de Santa Catarina teve um aumento significativo neste verão. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC), apenas nos dois primeiros meses de 2025, já foram registradas seis ocorrências, resultando em sete mortes, somente na área de abrangência do 6º Batalhão de Bombeiros Militar, de Chapecó, que compreende 28 municípios da região. Durante este período, Santa Catarina foi afetada por ondas sucessivas de calor, especialmente no Oeste.

O volume de óbitos quase se equipara à soma dos últimos dois anos, quando dez vítimas morreram em incidentes semelhantes. O subtenente BM Marcelo Metzler Gomes, comandante do 1º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) na região da Efapi, em Chapecó, alerta para a gravidade da situação.

- Para o ano de 2025, tivemos um aumento significativo do número de ocorrências de afogamento - afirmou.

- Em 2023, seis ocorrências de afogamento, com seis mortes;

- Em 2024, quatro ocorrências de afogamento, com quatro mortes;

- Em 2025, até 18 de fevereiro, seis ocorrências de afogamento, com sete mortes.

Os locais mais perigosos

Longe das praias do Estado, os rios da região são os locais onde mais ocorrem afogamentos. Entre os pontos mais críticos estão o Rio Uruguai, com quatro vítimas desde 2023, seguido pelo Lageado São José (3), Rio Chapecó (2), Rio Irani (2) e o Pesqueiro de Guatambu (1).

O perfil das vítimas revela uma predominância de homens e adultos. Das 17 mortes contabilizadas nos últimos anos, 14 eram do sexo masculino e 14 eram maiores de idade. Segundo o subtenente Gomes, diversos fatores contribuem para os afogamentos.

— São vários os fatores, que vão desde o descuido com crianças, vítimas em piscinas residenciais; como o pescador que desconhece o local onde está indo pescar, bem como não utiliza nenhum equipamento de segurança e, geralmente, vestimentas inadequadas para a atividade. Assim como aqueles que usam meios aquáticos para lazer, que desconhecem suas habilidades de natação ou seu condicionamento físico para nadarem certo percurso; ou ainda fazem o uso de bebidas alcoólicas e acabam perdendo o senso de segurança. Como também os que praticam esportes náuticos e que na falta de equipamentos de segurança, acabam sendo vítimas de ocorrências dessa natureza — destacou.

Em todo o estado de Santa Catarina, 26 pessoas morreram vítimas de afogamento desde o dia 1º de janeiro até esta quinta-feira (27). De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, 15 morreram no mar e 11 em água doce.

Fonte: NSC

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