A comunicação do fechamento gradual das Casas Familiares Rurais pela Secretaria de Estado da Educação vem gerando preocupação por parte de profissionais, estudantes e famílias do meio rural. A orientação é para que não sejam efetuadas as matrículas do primeiro ano do Ensino Médio a partir de 2025. Algumas unidades já teriam encerramento de suas atividades no final do ano.
Conforme a diretora da Casa Familiar Rural Esperança de Iporã do Oeste, Itamara Bagatini, mais de 100 famílias dependem atualmente da instituição para garantir a formação dos filhos e assegurar a sucessão nas propriedades. A unidade abrange sete municípios da região: Descanso, Tunápolis, Santa Helena, São João do Oeste, Itapiranga, Mondaí e Iporã do Oeste.
A diretora menciona os impactos se confirmar o encerramento das atividades pelas Casas Rurais Familiares. "O impacto seria diretamente no desenvolvimento econômico. Os alunos, quando estão em casa, aplicam seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, possuem a mão-de-obra. Eles auxiliam e levam as inovações para as propriedades".
O tema foi debatido durante o Programa Alesc Itinerante, em Chapecó, na quarta-feira (27). Itamara participou e fez a defesa. Ela acredita que, com o apoio de autoridades e entidades, a decisão verbal pela Secretaria Estadual de Educação será revertida.
Projeto
As Casas Familiares Rurais funcionam no modelo da pedagogia de alternância, sistema em que o estudante fica um período interno na escola e outro em casa, ou seja, projeto que alia educação com a agricultura familiar.
Estado
A reportagem da Rádio Progresso FM entrou em contato com o Coordenadoria de Educação da Regional de Itapiranga, mas até o momento não obteve resposta. O coordenador, Inácio José Rohden, está na capital estadual, onde cumpre agenda. O espaço segue aberto para manifestação.
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Fonte: Rádio Progresso FM