O preço das carnes subiu 5,8% em outubro em comparação com setembro e exerceu o maior impacto sobre a inflação de alimentos no mês passado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (8).
Os cortes que mais encareceram no último mês foram o acém (9,09%), a costela (7,40%), o contrafilé (6,07%) e a alcatra (5,79%). Com o impacto da alta nas proteínas, a inflação da alimentação no domicílio saltou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.
O preço da carne já havia registrado aumento no mês anterior. Em setembro, a alta em comparação a agosto havia sido de 2,97%. No acumulado de apenas dois anos, o aumento já chega a 8,95%.
O aumento no preço das carnes envolve fatores como as mudanças climáticas, um número menor de animais para abate e um aumento das exportações, que reduz a quantidade de estoques para o mercado interno, resultando em aumento dos preços.
Em relação à inflação total do mês, a alta da carne foi a segunda maior de outubro, atrás apenas da energia elétrica. Além disso, houve aumento também no tomate (9,82%) e café moído (4,01%). Nas quedas de preços os destaques foram a manga (-17,97%) e o mamão (-17,83%).
Alta nas carnes também em SC
Em Florianópolis, o Índice de Custo de Vida (ICV), indicador de inflação na capital catarinense avaliado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), apontou uma alta de 2,82% nas carnes em outubro, em relação ao mês anterior. A alcatra (4,70%) e o contrafilé (4,53%) foram os cortes com maiores variações para os consumidores florianopolitanos.
Fonte: Jean Laurindo - NSC